domingo, 27 de março de 2011

DIVERSIDADE E CIDADANIA


"O conhecimento partilhado em igualdade de condições, com todos, deve ser a motivação de nossa existência"...
                                                                                                                                      (Anônimo)



 
"O saber deve ser partilhado entre todos, a igualdade, o respeito  e  a solidariedade devem ser buscados sempre e insensantemente, a cada dia.
A escola deve ser um espaço de busca, de descoberta e de encontro onde o respeito e  a igualdade caminhem juntos.
O professor deve firmar seu compromisso com a verdade e com a necessidade de seu aluno e fazer do ato de ensinar, um ato de amor ao seu próximo!"



"SOMOS TODOS IGUAIS"



Trabalho realizado em 1 de março de 2008 pelo grupo formado por Alexandre Oliveira Abreu, Vitor Rocha, Daniel Madeira, Lanna Macedo, Leonardo Nunes, Lucas Tanzarella e Murilo ...

DIVERSIDADE ÉTINCA - BRASIL AFRO

Site da Imagem: democraciapolitica.blogspot.com

A  questão da diversidade étnica e  da identidade  do  negro no Brasil é marcada desde os tempos da colonização pelo histórico de luta contra, a exploração, o  racismo  e a desigualdade social.
 Relacionando-se assim tanto  as lutas sociais,  pelo direito à igualdade e respeito a diversidade humana ,como a busca do fim da  disseminação de ideias e comportamentos preconceituosos, ainda hoje presentes em nossa sociedade,   através dos livros didáticos e das próprias posturas adotadas na escola e na sociedade,   que acabam legitimando e perpetuando as desigualdades sociais.
É preciso  estarmos atentos aos recursos didáticos que utilizamos, no sentido de não promover a reprodução de  esteriótipos e  preconceitos que colaboram para o desrespeito à diversidade humana, disseminam atitudes e pensamentos que  legitimam o  racismo.
A escola deve ser um espaço onde a diversidade humana seja conhecida e respeitada, onde todos independente de seu credo, raça, preferências ou particularidades sejam respeitados e valorizados.


Cidade Negra - Negro Rei

INCLUSÃO

Site da imagem: deficiente-forum.com


A inclusão de crianças com necessidades especiais na escola, embora venha sendo muito discutida, ainda  hoje é  uma questão complexa , que envolve  talvez  o exemplo máximo da necessidade de que o outro, o diferente,  seja respeitado e  valorizado,  com todas as suas especificidades e tenha seu direito garantido perante todos.
Ainda hoje milhares de crianças sofrem por não ter  o acesso, embora seja garantido  por Lei, à escola e ao conhecimento efetivamente. 
Ao longo do tempo tanto a escola como  a própria sociedade, foram sofrendo mudanças no que diz respeito a maneira de ver a criança especial como um ser que necessita de cuidado, atenção e instrução,  tanto quanto as crianças sem qualquer  dificuldade motora ou cerebral, e de que sua inserção na escola regular é não só necessária,  mas uma chance real de promover um maior desenvolvimento da mesma e se antes esta criança era vista como um problema sem solução, e que seu lugar não era na escola regular,  hoje  podemos constatar que esta visão vem sendo mudada. 
 O  reconhecimento por parte das instituições legais da necessidade de sua inclusão na escola comum se caracteriza numa vitória, mas a dificuldade maior ainda esta na preparação das escolas para receber de maneira adequada estas crianças,  quer sejam com os recursos materiais como pessoais e profissionais.
A questão principal hoje,  esta na necessidade de se  refletir sobre a própria postura que adotamos quando nos deparamos com um aluno com necessidades especiais, levantando questionamentos sobre se a escola e se nós mesmos estamos preparados para recebê-lo e atendê-lo adequadamente, o que precisamos mudar, pesquisar e conhecer para estarmos aptos a colaborar com sua formação, bem como a necessidade de se trabalhar a questão da inclusão sobre um enfoque mais amplo, que envolve a questão do respeito à diversidade humana e o pleno exercício de seus direitos enquanto cidadão.
Hoje não podemos mais nos omitir frente a estas crianças e suas necessidades e devemos nos comprometer a buscar ao máximo,  colaborar para seu pleno acesso e permanência  na escola, contribuindo para sua formação e para a formação de uma sociedade mais justa,  solidária e igualitária para  todos.



"ORAÇÃO DA CRIANÇA COM NECESSIDADES ESPECIAIS "

EDUCAÇÃO AMBIENTAL




Site da imagem: portalsaofrancisco.com.br



A  Educação Ambiental vem sendo ao longo dos últimos anos,  muito mais discutida em nossa sociedade  e é inegável que isso se deve a preocupação com os fenômenos ambientais e as alterações que vem ocorrendo em todo ecossistema pela ação indiscriminada  do homem, reconhecendo-se assim a necessidade urgente  de se mudar a forma como  vemos e lidamos com nosso planeta.
Se por um lado , a  modernização e  o avanço tecnológico trouxeram  um maior acesso aos bens de consumo e  a tecnologia,  colaborando também para o desenvolvimento do homem e do uso de todos os recursos naturais disponíveis, por outro lado ela também acarretou em mudanças nas relações sociais estabelecidas, gerando uma cultura onde se valoriza muito mais o "ter" do que o "ser", com isso a forma com que o homem passa a lidar com o seu meio,  bem como com o outro,  se pauta  nas ações individualistas e egoístas, onde o o homem não respeita mais nem a natureza e  nem o seu próximo.
 Além disso,  somos bombardeados a todo momento com propagandas que estimulam o consumo, desvirtuando a relação de compra com a necessidade real de aquisição do mesmo,  agregando ao produto o poder de satisfazer seus desejos e abrir caminho para ser aceito  na sociedade. Tudo isso colabora para a legitimação e perpetuação de uma sociedade cada vez mais consumista e egoísta.
Essa maneira de ver e lidar com o meio ambiente, o consumo desenfreado de produtos descartáveis, o desperdício de alimentos e a cultura do "ter" ao invés do "ser" são frutos de uma sociedade que se distanciou de seus valores e ideias.
Neste contexto,  a escola deve assumir seu  papel social e trabalhar com os alunos uma formação que seja conscientizadora e transformadora da realidade , que reconheça a importância da preservação do nosso meio e da necessidade de que passemos a cuidar dele atráves de  mudanças de hábitos e atitudes,  que embora possam parecer insignificantes, serão no futuro responsavéis pela manutenção de nosso ecossistema.
 Cabe também ao  professor assumir  sua responsabilidade social e buscar  ser um disseminador de ideias e ações que trabalhem efetivamente  a questão ambiental diariamente com nossos alunos e que as mudanças não ocorram somente na maneira de ver nosso planeta, mais sim e principalmente,  na maneira como agimos nele.


Educação Ambiental - Aquecimento Global
fonte: site You tube

Para baixar entre nesse link: http://www.4shared.com/file/257975611/bf34b8f3/ea_online.html
Entre na página e clique em Download Now...

A QUESTÃO DE GÊNERO E SEXUALIDADE NA ESCOLA



Site da imagem: alana-oliveira.blogspot.com

Dentro de uma sociedade , homens e mulheres tem seus pápeis definidos de acordo com uma série de aspectos que vão desde as diferenças anatômicas, funções desempenhadas dentro da família e comunidade, até as relações de poder e exploração que se estabelecem, perpetuam e legitimam  a valorização de um sobre o outro, seguindo  um padrão cultural de comportamento  tido como o adequado.
Desde muito cedo, meninos e meninas são orientados, cobrados e muitas vezes intimidados à desempenhar corretamente os pápeis que lhes são atribuídos, independente de suas preferências, interesses, escolhas ou necessidades.
Neste sentido, se  determina um padrão de comportamento como o correto  a ser seguido e considera-se estranho tudo aquilo que seja diferente do mesmo.
Dentro da escola,  a questão das diferenças de gênero e sexualidade trabalhadas no cotidiano escolar,  no  que se refere a  maneira de como são tratados meninas e meninas,  acabam por reforçar a ideia de uma  heterogemonia e de uma supremacia de um gênero sobre o outro e  isso se faz  presente  tanto no  discurso, prática e material didático utilizado para trabalhar com os alunos,  como pela  própria maneira como a instituição , professores e funcionários lidam com a questão das diferenças de gênero e sexualidade dos alunos.   Esta visão reforça e legitima a predominância  heterossesixta nas relações pessoais,  sem se levar em conta a diversidade humana e sexual dos indíviduos, perpetuando assim as desigualdades sociais, a predominância de um gênero sobre o outro,  bem como o desrespeito as diferenças. 
Mais uma vez  se observa o quão séria  e importante é a tarefa do professor com relação a tomada de posturas conscientes e compromissadas com um trabalho que esteja atento a não perpetuar esta visão heterossesixta e discriminatória dentro da escola.
É importante que a escola trabalhe a questão de gênero ressaltando que não a certo ou errado, apenas o diferente e que isso deve ser respeitado.

Fazendo pesquisas na internet encontrei este vídeo com um projeto interessante para se trabalhar a questão das diferenças de gênero e a sexualidade com crianças pequenas:




Projeto Gênero e diversidade sexual na educação infantil de forma lúdica

fonte: You Tube

quarta-feira, 23 de março de 2011

EDUCAÇÃO QUILOMBOLA

 
 

 

QUILOMBOLAS - Uma viagem humana ao universo quilombola do Estado de São Paulo

Fonte: You Tube     Por:  
 
 
 
As comunidades Quilombolas são fruto e herança da luta do homem negro de se libertar do jungo escravocrata e tornar-se  homem livre, seus herdeiros lutam atualmente para ter seu direito à terra reconhecido e legitimado e poder viver com dignidade, semeando não somente  a terra com  aquilo que lhes alimenta o corpo, mas sim e principalmente,  alimentar os corações e mentes de seus descendentes com sua história, sua cultura e seu modo de vida.
Alimentar suas almas pela sede do saber, do aprender,  do conhecer e do ser.
 
O acesso ao saber é mais uma das lutas que as comunidades Quilombolas travam uma vez que,  por serem comunidades geralmente mais afastadas, a própria implantação e funcionamento das escolas em si, já é um elemento complicador, além disso questões como oferecer uma educação que leve em consideração  suas raízes e ao mesmo tempo deem  conta de oferecer aos mesmos,  pleno acesso ao conhecimento não são  uma tarefa fácil.
A questão dos Quilombolas vai além  das necessidades educacionais, uma vez que estas comunidades sofrem pelo abondono por parte do poder público, pela falta de estruturas dignas de sobrevivência e pela falta de reconhecimento de seu direito a cidadania.
Novamente a escola e o educador são impelidos a repensar seu papel e buscar soluções que realmente melhorem a educação oferecida nessas comunidades, trabalhem o resgate e valorização de sua cultura e diversidade e ofereçam oportunidade de uma formação que os conduza a buscar seu espaço.

segunda-feira, 21 de março de 2011

EDUCAÇÃO INDÍGENA


"Em vez de querer ensinar aos índios, o homem branco deveria ter a humildade para aprender com eles que "o velho é o dono da história, o homem é o dono da aldeia e a criança é a dona do mundo". Orlando Villas Boas


Crianças indígenas estudando

Crianças indígenas estudando

Escola em São Gabriel: cidade mais indígena do país (Foto: João Correia Filho)


Em todas as culturas é inegável o peso que a educação tem para que seus indíviduos possam transmitir seus costumes, ensinamentos e modo de vida, perpetuando assim não apenas sua cultura,  mas também sua identidade enquanto grupo e indivíduo.
Neste sentido é também inegável reconhecer o quanto uma educação que não atende as necessidades reais de um  grupo pode  prejudicar, desmotivar, desvirtuar  e corroborar para  a  discriminação e exclusão dentro da sociedade.
Assim,  percebe-se que a escola acaba não cumprindo seu papel principal que seria de oferecer chances igualitárias à todos  de pleno  acesso  e apropriação do conhecimento.
Com relação a Educação Indigêna, desde seu início na época do Brasil colônia,  ela surge da necessidade do homem branco de se  “domesticar” os índios de modo que esses mais facilmente se submetessem à sua  vontade,  e para tal,  até o reconhecimento de sua humanidade se dá com o objetivo de que se possa enquadra-los dentro do sistema social vigente da época, possibilitando inclusive   aplicar-lhes as sanções legais, comumente marcadas pelo uso da violência e humilhação.
Ainda servindo aos interesses  exploratórios, a pouca instrução que os mesmos  recebiam, se restringia à imposição da língua do branco a fim de que estes fossem capazes de entender suas ordens, desconsiderando-se  assim seus conhecimentos, história e herança secular.
Neste sentido o povo indígena não era apenas explorado fisicamente mas sim  cerceado em seu direito à  própria identidade e vontade.
Passados cinco séculos de exploração e dizimação do povo indigêna desde a colonização, a  questão da identidade é ainda hoje algo pelo qual este povo luta para ter reconhecida e respeitada,  uma vez que ainda  perante a lei , eles são considerados um grupo à parte  que necessita ser tutelado pelo Estado, e que para existir necessita ser enquadrado ou passar por processo em que se transforme no idealizado e aceito, quando na verdade o que eles necessitam é de respeito ao seu modo de vida e cultura e valorização de sua diversidade.
Para que isso aconteça é preciso que se reconheça, respeite e valorize a visão que o homem indigêna tem sobre sua cultura, seus costumes, modo de vida e a sua própria leitura sobre  a história da chegada do homem branco no Brasil.
Torna-se, desse modo   imprescindível que a educação indigêna  seja voltada para uma formação que dê conta destes aspectos e ainda trabalhe a questão de sua inclusão dentro do contexto social , de maneira que o povo indigêna  deixe de ser visto como um grupo à parte , mas sim um grupo cujas peculiaridades e diversidades devem ser respeitadas.
 

Para quem se interessar sobre o assunto :

CINEP -  Centro Indígena de Estudos e Pesquisas
http://www.cinep.org.br/?code=1.1

VÍDEO: "Unicef denuncia discriminação contra crianças indígenas" - 26/04/2009 
Assim afirma  o diretor do Unicef para a América Latina, Nils Kastberg, que participa da Conferência Mundial contra o Racismo, realizada Genebra em 2009. Reportagem da EFE.

http://noticias.uol.com.br/